Pensamento do que represento

Nada do que se diz, do que se vê, do que se pensa ou do que se sente, é.

Tudo, são.


"A arte é necessária pois a vida não basta."

sábado, 30 de abril de 2011

Quem você pensa que é?

"Sabe com quem você está falando?". Para começar, desde que somos crianças ouvimos dizer que os seres vivos nascem, se desenvolvem, reproduzem (ou não) e morrem. Com apenas este conceito já poderíamos responder às perguntas ignorantes citadam acima, tantas vezes usadas no dia dia por pessoas da mesma forma ignorantes. Mas não vamos parar por aí. Acho que o conceito vai mais além, mas não deixa de ser aparentemente óbvio.

De um modo geral (salvo raras exceções) as pessoas não pensam a vida. E menos ainda, a morte. Elas simplesmente passam por aqui (de olhos fechados) e se vão.
Vivemos este momento de forma sistemática, a enaltecer a subalternidade humana em busca do acúmulo de  riquezas, a atingir a satisfação pessoal material, ou ao menos a tentar atingi-la. Perdemos tempo imaginando o poderíamos ter, enquanto as coisas que temos estão alí, "loucas" para serem utilizadas, aproveitadas, até descobertas. E então, ou não conseguimos atingir o desejável, e assim procuramos satisfazer esse desejo de outra maneira, ou com o nosso precioso tempo desfrutamos daquilo que já temos. E o que temos? Olhe a sua volta e se questione. Veja que temos muita coisa sobrando, coisas que poderíamos dividir com outras pessoas. Eu falo de alimento, roupas, moradia, momentos de alegria e amizade. O resto é supérfulo. O que mais precisamos além disso tudo, para sobreviver? Não digo que não podemos ter pequenos luxos, tais como algum material artistico por exemplo, ou algo para distração pessoal. Mas o problema está quando os bens supérfulos são a grande necessidade do homem, e hoje em dia é (em grande maioria). Na busca de grandes luxos, muitas pessoas são capazes de fazer mal às outras que também sonham com algo. Elas fazem isso por ignorância (falta de informação / educação) ou por covardia (viram a cara para não ver, e tudo bem). E aí encontramos a desigualdade socio econômica, pessoas morrendo, deixando suas vidas, familia, amigos, por fome. Por não ter o que comer, por não ter abrigo, alimento, água, agasalho, ar (Os 5 "a's" citados por Eduardo Marinho em documentário), ou seja, o mínimo necessário para sobreviver.

Enquanto uma mãe, ou um pai, vê seus filhos morrerm em seus braços de fome, outras pessoas estão assistindo telejornal, carnaval, futebol, NOVELA e mensalão, andam de carro de luxo, comem em restaurantes de luxo. "Ah, a vida é assim!". É assim, pois NÓS deixamos a vida ser assim! Nessas horas de desespero, onde está Deus?

Desde a era medieval o homem procura respostas no inexplicável, no inexistente... claro que de forma diferente da nossa atual. Na Grécia antiga ou em Roma, também foi assim. O espírito de competição existe desde os tempos antigos até os dias de hoje. Confrontos, guerras, olimpiadas, futebol. Mas na Grécia, principalmente, existiram grandes pensadores que até hoje nos ajudam a pensar a vida, a refletir quem somos, nossa essência. Acontece que a competição deveria nos incentivar a pensar nos porques da vida, servir como exemplo, efim. Mas hoje as pessoas não tem tempo para parar e pensar. Isso porque a copetição nunca acaba e quase nunca pára. É por isso  que em momentos extremos da vida, como a morte de alguém próximo, o tempo pára por um centésimo de segundo, e é aí que pensamos a vida. É como dizem: "é na morte que entendemos a vida". Então vivemos em busca de tudo, para no fim acabar como tudo acaba.

E aí podemos responder as perguntas acima: "Quem você pensa que é? Sabe com quem está falando?".
A melhor resposta é o silêncio, ou perguntar se ele tem 5 minutos para ler um texto e/ou parar para pensar na vida. Lembre-se que responder de maneira ignorante é se colocar no mesmo lugar dele, e este não é o caminho. O caminho é ele se colocar no seu lugar.


O meu objetivo aqui é mostrar que a vida não é uma competição. Nós encaramos ela desta forma, mas espero ter conseguido mostrar que podemos repensar nossas atitudes, nossos valores. E o mais importante, depois de refletir devemos agir. Seja independente e faça por você, não abra mão da sua consciência por tão pouco. Vá atrás de viver a vida com o mínimo que precisa. Eu garanto que será muito melhor do que "competir a vida", ou do que ostentar luxos.


Como eu havia dito no texto "O início, as razões", a arte aqui é de extrema importância. Então para começar a "vida" deste blog, será uma honra imensa apresentar para quem não conhece e reapresentar a quem já conhece, um clássico do cinema, de 1956, do diretor sueco Ingmar Bergman (um dos maiores da história), o filme "O Sétimo Selo". Este filme de aproximadamente 100 minutos de duração, conta a história de um cavaleiro medieval nos tempos de pós cruzadas, que desafia a morte para um jogo de xadrês, e a partir daí começa de forma brilhante a contestar a vida e a contestar Deus enquanto joga. Preparem-se para uma experiência incrível que te levará a pensar em tudo que está a sua volta. Agreguem valor e reflitam sobre vocês. E lembrem-se, Arte é refletir. Pratiquem a arte da re-flexão. Bom filme!

Link do trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=deMAjJZLQt0

domingo, 24 de abril de 2011

O início, as razões.

As primeiras palavras deste blog servem para dizer um pouco de quem sou, quais os meus propósitos e objetivos, expôr o que acredito trazer algo de útil para a sociedade, e principalmente trocar idéias com vocês leitores, afim de agir.


Para isso a arte é necessária, seja ela em forma de filmes, músicas, livros, história, viagens, atualidades, manifestos, movimentos sociais, entre outros.


Prezo a idéia que a crítica construtiva nos faz crescer de maneira sólida, por isso critiquem, debatam, não sejam omissos, não virem a cara para não ver. Sabemos que a maior parte dos problemas que atingem a sociedade como um todo a mídia não expõe, portanto tragam-nas para nos aprofundarmos.


Aqui se tem um propósito. Disseminar a arte da reflexão, afim de clarear a idéia de que nós somos todos IGUAIS.


A vida não é ganhar ou perder, não é uma competição. Mas sim, é agregar valor.


A sociedade está doente. Somos todos doentes. Desde a insatisfação crônica, passando pelo egoísmo generalisado (que estão diretamente ligados) até outros. A maneira de viver a vida que nos foi imposta, nos trouxe sérios problemas. O principal problema é: deixamos de pensar. Sim, deixamos de pensar no porque das coisas.


Por isso precisamos de estimulos para pensar. Eu faço parte dos que tem muito a aprender, por isso insisto para discutirmos.

Nada do que nos rodeia, é plenamente. Para tudo se tem uma interpretação diferente. Tudo vai de encontro com nossa cultura, nossos valores. Por isso, não acredito que não possamos discutir qualquer que seja o assunto colocado.

Como o título deste blog diz, meu objetivo de vida é praticar o exercício de refletir. Vamos nos tornar críticos de nós mesmos.

A arte é refletir.