Pensamento do que represento

Nada do que se diz, do que se vê, do que se pensa ou do que se sente, é.

Tudo, são.


"A arte é necessária pois a vida não basta."

terça-feira, 3 de abril de 2012

O analfabeto político

O pior analfabeto que existe é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Não sabe que o custo da vida, os preços do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, do remédio são resultado de decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro, que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe o imebecil que da sua ignorância política nasce a miséria, o menor abandonado, a prostituta, o assaltante, e o pior de todos os bandidos que é o político safado, mentiroso, corrupto, a serviço das grandes empresas nacionais e internacionais.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para refletir a respeito da Mídia no Brasil e no Mundo

O texto abaixo foi retirado do blog Observar e Absorver (observareabsorver.blogspot.com) criado por Eduardo Marinho, e o texto foi escrito parcialmente pelo Mello (blogdomello.blogspot.com), e parcialmente pelo Eduardo.

O resto é com vocês! Abraços!

 

Mentiras e crimes midiáticos

Dez guerras, dez mentiras


1) Vietnã (1964-1975)

Mentira midiática: Nos dias 2 e 3 de agosto o Vietnã do Norte teria atacado dois barcos dos Estados Unidos na baía de Tonkin.
O que se saberá mais tarde: Esse ataque não aconteceu. Foi uma invenção da Casa Branca.
Verdadeiro objetivo: Impedir a independência de Vietnã e manter o domínio dos Estados Unidos na região
Conseqüências: Milhões de vítimas, malformações genéticas (agente laranja), enormes problemas sociais.

2) Granada (1983)

Mentira midiática:: A pequena ilha do Caribe foi acusada de que nela se construía uma base militar soviética e de trazer perigo à vida de médicos americanos.
O que se saberá mais tarde: Absolutamente falso. O Presidente Reagan inventou esses pretextos.
Verdadeiro objetivo: Impedir as reformas sociais e democráticas do premiê Bishop (depois assassinado)
Conseqüências: Brutal repressão e restabelecimento da tutela de Washington.

3) Panamá (1989)

Mentira midiática: A invasão tinha o objetivo de prender o presidente Noriega por tráfico de drogas.
O que se saberá mais tarde: Formado pela CIA o presidente Noriega reclamava a soberania ao fim do acordo do canal, o que era intolerável para os Estados Unidos.
Verdadeiro objetivo: Manter o controle dos Estados Unidos sobre essa estratégica via de comunicação.
Conseqüências: Os bombardeios dos Estados Unidos mataram entre 2 e 4 mil civis, ignorados pelos meios.

4) Iraque (1991)

Mentira midiática: Os iraquianos teriam destruído parte da maternidade da cidade de Kuwait.
O que se saberá mais tarde: Invenção total da agência publicitária Hill e Knowlton, paga pelo emir de Kuwait.
Verdadeiro objetivo: Impedir que o Oriente Médio resista a Israel e se comporte com independência em relação aos Estados Unidos.
Conseqüências: Inumeráveis vítimas da guerra, depois um longo embargo, inclusive de medicamentos.

5) Somália (1993)

Mentira midiática: O senhor Kouchner aparece na cena como herói de uma intervenção humanitária.
O que se saberá mais tarde: Quatro sociedades americanas tinham comprado uma quarta parte do subsolo somali, rico em petróleo.
Verdadeiro objetivo: Controlar uma região militarmente estratégica.
Conseqüências: Não conseguindo controlar a região os Estados Unidos a manterão num prolongado caos.

6) Bósnia (1992-1995)

Mentira midiática: A empresa americana Ruder Finn e Bernard Kouchner divulga a existência de campos de extermínio sérvios.
O que se saberá mais tarde: Ruder Finn e Kouchner mentiram. Eram apenas campos de prisioneiros. O presidente muçulmano Izetbegovic o admitiu.
Verdadeiro objetivo: Quebrar uma Iugoslávia demasiado esquerdista, eliminar seu sistema social, submeter a zona às multinacionais, controlar o Danúbio e as estratégicas rotas dos Bálcãs.
Conseqüências: Quatro atrozes anos de guerra para todas as nacionalidades (muçulmanos, sérvios, croatas). Provocada por Berlin, prolongada por Washington.

7) Iugoslávia (1999)

Mentira midiática: Os sérvios cometem um genocídio contra os albaneses do Kosovo.
O que se saberá mais tarde: Pura e simples invenção da OTAN como o reconheceu Jaime Shea, seu porta-voz oficial.
Verdadeiro objetivo: Impor o domínio da OTAN nos Bálcãs e sua transformação em polícia do mundo. Instalar uma base militar americana no Kosovo.
Conseqüências: Duas mil vítimas dos bombardeios da OTAN. Limpeza étnica de Kosovo pelo UCK, protegido pela OTAN.

8) Afeganistão (2001)

Mentira midiática: Bush pretende vingar o 11 de setembro e capturar Bin Laden
O que se saberá mais tarde: Não existe nenhuma prova da existência dessa rede. Além disso, os talibãs tinham proposto extraditar Bin Laden.
Verdadeiro objetivo: Controlar militarmente o centro estratégico da Ásia, construir um oleoduto que permitisse controlar o abastecimento energético do sul da Ásia.
Conseqüências: Ocupação extremamente prolongada e grande aumento da produção e tráfico de ópio.

9) Iraque (2003)

Mentira midiática:: Saddam teria perigosas armas de destruição, afirmou Colin Powell nas Nações Unidas, mostrando provas.
O que se saberá mais tarde: A Casa Branca ordenou falsificar esses relatórios (assunto Libby) ou fabricá-los.
Verdadeiro objetivo: Controlar todo o petróleo e chantagear seus rivais; Europa, Japão, China…
Conseqüências: Iraque submerso na barbárie, as mulheres devolvidas à submissão e ao obscurantismo.

10) Venezuela – Equador (2008?)

Mentira midiática: Chávez apoiaria o terrorismo, importaria armas, seria um ditador (depois do golpe fracassado, a razão definitiva ficou meio vaga).
Verdadeiro objetivo: As multinacionais querem seguir com o controle petroleiro e de outras riquezas de toda América Latina, temem a libertação social e democrática do continente.
Conseqüências: Washington empreende uma guerra global contra o continente: golpes de estado, sabotagens econômicas, chantagens, estabelecimento de bases militares próximas às riquezas naturais.

Fonte - Blog do Mello blogdomello.blogspot.com


Agora é por minha conta.

Manifestação pelas eleições diretas lota o centro de São Paulo. A mídia diz que é a comemoração do aniversário da cidade. Motivo: medo da "democracia" planejada se descontrolar e abrir espaço pras denúncias do sem número de crimes cometidos pelas instituições contra a população.

Terremoto no Haiti. A primeira "ajuda" oficial chega no dia seguinte, dos Estados Unidos. Não traz remédios nem médicos, mas soldados, armas, tanques, navios de guerra e aviões de combate, numa mobilização militar que demorou, com certeza, meses sendo preparada. Desconfia-se do Projeto Haarp, a mídia ridiculariza.
A Venezuela havia acertado com Cuba a instalação de um cabo submarino para internet banda larga chegar à ilha, boicotada há 50 anos pelo bloqueio criminoso que pretendia sufocar a economia de Cuba. Esta, mesmo sacrificada, manteve as empresas multinacionais fora da sua área e não permitiu a lavagem cerebral que é especialidade da publicidade comercial. O Haiti fica entre Cuba e Venezuela, eixo de resistência ao controle de grandes empresas sobre os Estados submetidos. Os USA, império das corporações, não se conforma e acusa o "eixo do mal" latinoamericano.
Médicos e enfermeiros cubanos já estavam no Haiti havia muito tempo e recebem reforços depois do terremoto, via marítima. A mídia não divulga. Aviões com ajuda humanitária vindos da Europa reclamam não poder aterrissar no aeroporto de Porto Príncipe, tomado pelas movimentações militares dos Estados Unidos. São obrigados a pousar na República Dominicana e seguir por terra. O general brasileiro comandante da MINUSTAH (embolação militar de vários países instalada no Haiti, depois do presidente eleito, Jean Bertrand Aristide, ser seqüestrado pelos marines e levado à África do Sul, sob o protesto em massa dos haitianos, que precisaram ser reprimidos com violência militar), reclama do desrespeito "americano", chegando sem aviso e se espalhando sem dar a menor satisfação. Não entendo a estranheza, a quarta frota desfila pelo nosso litoral, nos vigiando em nome do ambicionado pré-sal petroleiro. A mídia não deu nada disso e quando deu, foi distorcido em mentiras descaradas.

Prefeito do Rio, eleito por campanha milionária financiada em grande parte por construtoras, assume com a notícia da remoção de 199 comunidades pobres, "para salvá-las dos riscos de desabamentos". As comunidades protestam em desespero. As áreas apontadas são todas de recente valorização imobiliária. A mídia apóia e comemora.

Durante a campanha presidencial, a mídia levanta e martela o tema aborto. O assunto é da alçada do congresso, sem nada a ver com a presidência. Mas serve à tentativa de levantar a campanha do vampiro Serra, candidato das oligarquias mais conservadoras, mais tiranas e anti-população. É um desvio dos assuntos mais importantes, mas fracassa. A mídia silencia e se adequa. Dilma vai à Ana Maria Brega.

A conferência nacional de comunicações passa batido, no ano passado. Acompanho algumas movimentações, os representantes da mídia privada comparecem para atravancar o processo, e conseguem. Visito o blog da conferência e fico constrangido. Pouco mais de vinte seguidores. O assunto é de interesse nacional, a pulverização do espectro magnético é fundamental pra acabar com a ditadura midiática e levantar discussões relevantes e informações mais próximas da realidade à população, abrir espaço pra comunicação do povo brasileiro nas comunidades, bairros, sindicatos, escolas e outros grupos. Os enviados da mídia privada atravancam tudo o que podem, com sucesso. O noticiário não noticia.

A mídia histérica saltita em torno da CPI dos "cartões corporativos", denunciando o mau uso das verbas públicas pelos membros do governo do PT, somando um montante de 260 milhões de reais. São dois meses de martelação, todos os dias, várias vezes. Ao mesmo tempo é instaurada a CPI da dívida pública, criada e aumentada de forma suspeita e nunca auditada. Em todos os lugares do mundo onde houve auditoria de dívida pública, houve comprovação de fraude e a dívida foi tremendamente reduzida, inclusive no Brasil, na época de Getúlio Vargas. A mídia fechou o cerco em cima dele e tantas pressões se levantaram que, na iminência de um golpe de Estado, ele se suicidou, desfazendo as condições para tal golpe, que ficou na estufa por dez anos, até estourar em 64. A CPI da dívida pública tratava de um montante de 26 bilhões de reais. A mídia não deu nada. Dessa CPI, não se tomou conhecimento. Foi a óbito silenciosamente.

As comunidades do Complexo do Alemão são ocupadas por tropas armadas do Exército, da Marinha e das polícias, militar, civil e federal. A mídia exulta com a "reconquista" desse território abandonado desde sempre, que só recebe alguma coisa em véspera de eleições, em troca de votos. Centenas de soldados do tráfico são vistos fugindo por uma estrada que liga a Vila Cruzeiro ao Morro do Alemão. Uma operação dessa envergadura é feita com planejamento minucioso sobre um mapa detalhado da área, conhece-se de antemão todas as possíveis rotas de fuga. O general comandante reconhece a "falha". Na verdade, não havia como levar tantos presos ao sistema carcerário já superlotado. Os bandidos somem nos esgotos, fogem em bandos, roubam carros. Um morador avisa que um carro da polícia da região dos lagos deu fuga a vários "oficiais" do tráfico. Outro denuncia uma caminhonete que descarregou armamento pesado para o tráfico, durante o conflito. Morros em Niterói que nunca tiveram tráfico começam a ter. Macaé explode em criminalidade, encabeçando o aumendo de toda região dos lagos. A mídia dá por encerrado o conflito no Alemão, enquanto a Angutv, do Raízes em Movimento, na subida do Morro do Alemão, anuncia estar havendo tiroteio naquele momento, próximo ao centro cultural. Policiais espancam moradores, invadem suas casas, esvaziam suas geladeiras, levam seus pertences, seu dinheiro, matam "por engano"(ops, foi mal), jogam corpos aos porcos. A mídia comemora, o mercado imobiliário exulta, milícias avisam aos moto-táxis que eles vão ter que pagar pedágio pra circular no complexo. Uma facção criminosa é expulsa - pois se recusou a pagar aluguel de favela pra milícia. Outra ocupará o seu lugar, topou a parada e já paga o aluguel de algumas favelas, onde trafica sob a proteção e o comando de milícia. A mídia "não sabe" de nada disso.

Os exemplos são infinitos, paro pra não encher demais o espaço. O fato da mídia privada cometer e apoiar tantos crimes contra a população, o Estado, os recursos naturais, o direito de informação, etc, e não acontecer nada com ela é sinal de que está mancomunada com o real poder, acima das instituições do país, o poder econômico mundial de bancos e indústrias corporativas do "primeiro mundo", suas sucursais e aliados locais, que nos tratam, aos povos do "terceiro mundo", como mão de obra escrava, massa de manobra e lixo (qual seria o "segundo mundo"?) Essa subordinação dos "nossos" poderes precisa ser vista pra ser trabalhada e debelada, pra acabar com a indignidade da miséria e da ignorância. A subalternidade cultural das classes médias é um fator paralisante. Até mesmo os que se dizem "revolucionários" são seguidores de idéias européias, como se apenas do continente que levou o genocídio, a exploração, as doenças, o roubo dos recursos, a miséria estrutural a todos os outros continentes pudesse vir a revolução dos povos. É de chorar, mas eu fico no riso amargo e faço meu trabalho. Para gerações ainda vindouras e as exceções da atualidade.

Ninguém denuncia a mídia privada. E ainda se acredita nela. Até quando, divindade?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E os mocinhos estão de volta.

Nesta brincadeira de "polícia e ladrão", em uma conversa de bar eu diria que os EUA são realmente os melhores. Mas isso só seria verdade se eles soubessem realmente quem é a polícia e quem é o ladrão. E outra, eles adoram ser a "polícia" e nunca jogam como "ladrão". Isso deixa a brincadeira deveras muito chata.

Com todo respeito às famílias que tiveram parentes e amigos mortos no atentado de 11 de setembro, com todo respeito ao povo e ao governo americano, e LONGE de defender Osama Bin Laden, mas a morte deste homem ("?") não significa nada, é apenas mais um símbolo de justiça feita exclusivamente para os americanos do norte, pelos americanos do norte, e um símbolo de perda para os admiradores deste homem.

Mas no jogo de polícia e ladrão, não existe apenas um ladrão, senão o jogo seria muito chato também.

O que a morte de Osama Bin Laden pode trazer de bom ao mundo? Nada. Fica apenas o sentimento de vingança e justiça. É como jogar o celular pela janela quando ele te deixa na mão.

Em meio a crise no Oriente Médio, quem perguntou a Kadafi o que ele pensa do assunto? Ele deve estar se remoendo neste momento. E por falar em remoer, onde está o Sr. Bush? Quantos anos Bush? É, viva o Obama que aumentou em 15% seu nível de aceitação no país da noite para o dia.

E quase ia me esquecendo da crise no Oriente ("É o habito de fugir do assunto para esquecer os problemas"). Vai bem obrigado? Nem um pouco. A busca da democracía, da liberdade, IMPOSTA pelos país europeus e pelo mocinho EUA, já se contradiz pelo ato de IMPOR algo a alguém. De fato, não é difícil olhar para a situção e conhecendo a história da América Latina, e entender que o que está ocorrendo é uma NEO-NEO COLONIZAÇÃO desses países. Não defendo a ditadura destes países, mas existe maneiras diferentes das utilizadas (tendo em vista o desejo profundo destes países pelo petróleo) de resolver as relações.

Não se limite a querer ver as fotos do corpo, de comemorar a morte de Osama. Vá atrás de saber quais os interesses dos EUA nesta história, porque eles são os mocinhos? a história está resolvida? O que muda? Como isso me atinge?

Reflita, pense! Seja diferente da maioria.


E para este assunto, é difícil citar algo artístico que se faça perfeito. Pelo menos não conheço, mas caso alguém conheça, por favor me indique também!

Mas deixo a dica de um filme, que pouquissimo tem haver com o assunto, mas se vocês assistirem de forma a se utilizarem dos embates apresentados para pensar nas situações da vida, e não simplesmente discutir o rumo que a diretora tomou, servirá de muito tempo de conversa no bar com os amigos.

O filme chama-se Em Um Mundo Melhor, da diretora dinamarquesa Susanne Bier, vencedor do último  Oscar e do último Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, conta a história de suas famílias.
A primeira, do médico recém divorciado, que vai com frequencia à África (particularmente para o Quênia)  para tratar de mulheres gravemente feridas por atos criminosos de "gangues locais", e que tem um filho que sente a ausencia do pai.
E a outra família do pai recém viúvo, ausente ao filho que apresenta atitudes violentas. Este menino conhece o filho da família do médico pois estudam na mesma escola, e este influencía o outro garoto a realizar violência dentro e fora da escola.
O filme passa por situações extremas de indecisão e questões éticas (que fazem você pensar na vida), porém no fim a diretora pecou (na minha opinião) em fazer o juízo final, o que não seria necessário. Mas é um filme forte, que te deixa ligado do começo ao fim. Estado de choque e atenção o tempo todo. Muito bom e nos faz refletir. Bom filme para vocês!!

Arte é refletir!!! abraços

Link do Trailer:

http://www.youtube.com/watch?v=6U4pB6iqCWs&feature=fvst

sábado, 30 de abril de 2011

Quem você pensa que é?

"Sabe com quem você está falando?". Para começar, desde que somos crianças ouvimos dizer que os seres vivos nascem, se desenvolvem, reproduzem (ou não) e morrem. Com apenas este conceito já poderíamos responder às perguntas ignorantes citadam acima, tantas vezes usadas no dia dia por pessoas da mesma forma ignorantes. Mas não vamos parar por aí. Acho que o conceito vai mais além, mas não deixa de ser aparentemente óbvio.

De um modo geral (salvo raras exceções) as pessoas não pensam a vida. E menos ainda, a morte. Elas simplesmente passam por aqui (de olhos fechados) e se vão.
Vivemos este momento de forma sistemática, a enaltecer a subalternidade humana em busca do acúmulo de  riquezas, a atingir a satisfação pessoal material, ou ao menos a tentar atingi-la. Perdemos tempo imaginando o poderíamos ter, enquanto as coisas que temos estão alí, "loucas" para serem utilizadas, aproveitadas, até descobertas. E então, ou não conseguimos atingir o desejável, e assim procuramos satisfazer esse desejo de outra maneira, ou com o nosso precioso tempo desfrutamos daquilo que já temos. E o que temos? Olhe a sua volta e se questione. Veja que temos muita coisa sobrando, coisas que poderíamos dividir com outras pessoas. Eu falo de alimento, roupas, moradia, momentos de alegria e amizade. O resto é supérfulo. O que mais precisamos além disso tudo, para sobreviver? Não digo que não podemos ter pequenos luxos, tais como algum material artistico por exemplo, ou algo para distração pessoal. Mas o problema está quando os bens supérfulos são a grande necessidade do homem, e hoje em dia é (em grande maioria). Na busca de grandes luxos, muitas pessoas são capazes de fazer mal às outras que também sonham com algo. Elas fazem isso por ignorância (falta de informação / educação) ou por covardia (viram a cara para não ver, e tudo bem). E aí encontramos a desigualdade socio econômica, pessoas morrendo, deixando suas vidas, familia, amigos, por fome. Por não ter o que comer, por não ter abrigo, alimento, água, agasalho, ar (Os 5 "a's" citados por Eduardo Marinho em documentário), ou seja, o mínimo necessário para sobreviver.

Enquanto uma mãe, ou um pai, vê seus filhos morrerm em seus braços de fome, outras pessoas estão assistindo telejornal, carnaval, futebol, NOVELA e mensalão, andam de carro de luxo, comem em restaurantes de luxo. "Ah, a vida é assim!". É assim, pois NÓS deixamos a vida ser assim! Nessas horas de desespero, onde está Deus?

Desde a era medieval o homem procura respostas no inexplicável, no inexistente... claro que de forma diferente da nossa atual. Na Grécia antiga ou em Roma, também foi assim. O espírito de competição existe desde os tempos antigos até os dias de hoje. Confrontos, guerras, olimpiadas, futebol. Mas na Grécia, principalmente, existiram grandes pensadores que até hoje nos ajudam a pensar a vida, a refletir quem somos, nossa essência. Acontece que a competição deveria nos incentivar a pensar nos porques da vida, servir como exemplo, efim. Mas hoje as pessoas não tem tempo para parar e pensar. Isso porque a copetição nunca acaba e quase nunca pára. É por isso  que em momentos extremos da vida, como a morte de alguém próximo, o tempo pára por um centésimo de segundo, e é aí que pensamos a vida. É como dizem: "é na morte que entendemos a vida". Então vivemos em busca de tudo, para no fim acabar como tudo acaba.

E aí podemos responder as perguntas acima: "Quem você pensa que é? Sabe com quem está falando?".
A melhor resposta é o silêncio, ou perguntar se ele tem 5 minutos para ler um texto e/ou parar para pensar na vida. Lembre-se que responder de maneira ignorante é se colocar no mesmo lugar dele, e este não é o caminho. O caminho é ele se colocar no seu lugar.


O meu objetivo aqui é mostrar que a vida não é uma competição. Nós encaramos ela desta forma, mas espero ter conseguido mostrar que podemos repensar nossas atitudes, nossos valores. E o mais importante, depois de refletir devemos agir. Seja independente e faça por você, não abra mão da sua consciência por tão pouco. Vá atrás de viver a vida com o mínimo que precisa. Eu garanto que será muito melhor do que "competir a vida", ou do que ostentar luxos.


Como eu havia dito no texto "O início, as razões", a arte aqui é de extrema importância. Então para começar a "vida" deste blog, será uma honra imensa apresentar para quem não conhece e reapresentar a quem já conhece, um clássico do cinema, de 1956, do diretor sueco Ingmar Bergman (um dos maiores da história), o filme "O Sétimo Selo". Este filme de aproximadamente 100 minutos de duração, conta a história de um cavaleiro medieval nos tempos de pós cruzadas, que desafia a morte para um jogo de xadrês, e a partir daí começa de forma brilhante a contestar a vida e a contestar Deus enquanto joga. Preparem-se para uma experiência incrível que te levará a pensar em tudo que está a sua volta. Agreguem valor e reflitam sobre vocês. E lembrem-se, Arte é refletir. Pratiquem a arte da re-flexão. Bom filme!

Link do trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=deMAjJZLQt0

domingo, 24 de abril de 2011

O início, as razões.

As primeiras palavras deste blog servem para dizer um pouco de quem sou, quais os meus propósitos e objetivos, expôr o que acredito trazer algo de útil para a sociedade, e principalmente trocar idéias com vocês leitores, afim de agir.


Para isso a arte é necessária, seja ela em forma de filmes, músicas, livros, história, viagens, atualidades, manifestos, movimentos sociais, entre outros.


Prezo a idéia que a crítica construtiva nos faz crescer de maneira sólida, por isso critiquem, debatam, não sejam omissos, não virem a cara para não ver. Sabemos que a maior parte dos problemas que atingem a sociedade como um todo a mídia não expõe, portanto tragam-nas para nos aprofundarmos.


Aqui se tem um propósito. Disseminar a arte da reflexão, afim de clarear a idéia de que nós somos todos IGUAIS.


A vida não é ganhar ou perder, não é uma competição. Mas sim, é agregar valor.


A sociedade está doente. Somos todos doentes. Desde a insatisfação crônica, passando pelo egoísmo generalisado (que estão diretamente ligados) até outros. A maneira de viver a vida que nos foi imposta, nos trouxe sérios problemas. O principal problema é: deixamos de pensar. Sim, deixamos de pensar no porque das coisas.


Por isso precisamos de estimulos para pensar. Eu faço parte dos que tem muito a aprender, por isso insisto para discutirmos.

Nada do que nos rodeia, é plenamente. Para tudo se tem uma interpretação diferente. Tudo vai de encontro com nossa cultura, nossos valores. Por isso, não acredito que não possamos discutir qualquer que seja o assunto colocado.

Como o título deste blog diz, meu objetivo de vida é praticar o exercício de refletir. Vamos nos tornar críticos de nós mesmos.

A arte é refletir.